As notícias de que o mercado de trabalho está aquecido criaram nos jovens a sensação de que é possível trocar de emprego a qualquer momento. Tanto é que pesquisa realizada pela Page Personnel, empresa do grupo Michael Page, mostra que 53% deles pretendem realizar a troca em até seis meses.
Para o diretor de Marketing do grupo, Sérgio Sabino, o resultado não surpreende. “Existe uma sensação de empregabilidade. E isso motivou os jovens a procurar. A questão é que essa sensação nem sempre é verdadeira. Eles veem as notícias de que o País está bem e querem aproveitar o bom momento. O que não quer dizer que eles estão insatisfeitos com o trabalho”, afirma.
A pesquisa, que ouviu 200 jovens com idade entre 21 e 30 anos no Rio de Janeiro e em São Paulo, mostra que um dos principais fatores que levam os jovens a trocar de emprego é a questão salarial. O aumento de salário foi citado por 62,1% dos entrevistados como a principal razão para a troca. A busca por desafios e por metas ficou sem segundo lugar, com 41,4% das respostas.
Para Sabino, embora os jovens da faixa etária analisada privilegiem os desafios, nesta fase da carreira, o salário tem um peso maior. “Esse perfil se volta para o crescimento hierárquico e salarial. O que o faz se sentir frustrado no trabalho é a falta de desafios. Mas ele não sai apenas pelo desafio. O critério de desempate é o critério salarial”, afirma.
Motivos para mudar
A promoção também foi citada como motivo para a mudança de emprego por 34,5% dos entrevistados. Com o mesmo percentual ficou a qualidade de vida. Sabino reforça que os jovens até querem qualidade de vida, mas esse quesito não é agora prioridade.
Outra questão que pesa para a mudança é a chance de conseguir bolsa de estudos, com 25,3% das respostas, seguida da possibilidade de trabalhar em outra cidade ou mesmo país, com 24,1%. A estabilidade, quesito caro a muitos profissionais, foi citada por 21,8% dos pesquisados como principal motivo para a troca de emprego.
A cesta de benefícios e o ambiente de trabalho amigável foram citados, respectivamente, por 19,5% e 20,7% dos entrevistados.
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